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Seca e Sofrimentos.



Lutas e angústias, nas palavras de quem sofre com a seca extrema na Amazônia.


Vivendo nas grandes cidades, em outras regiões do país, no conforto de nossas casas, é difícil perceber a real dimensão do sofrimento causado pela seca no Amazonas.


Não ter água para navegar e ir a outros locais em busca de alimentos, medicação e convívio é algo que muitos de nós não vivenciamos ou conhecemos. Em nossas múltiplas realidades, a aflição dos que estão isolados é algo distante de nossos olhos e corações.

 

Mas o Senhor vê o sofrimento de cada ser vivente e se compadece com os que sofrem.

 

Abaixo, leia o relato de Silvanice Silva e de alguns moradores do interior do Amazonas. As histórias  trazem à tona as extensas dificuldades causadas pela falta de chuva, pela seca dos rios.


Conheça, sensibilize-se.

Clame a Deus por socorro e apoie as ações de apoio aos que sofrem. 

 


Um pouco da voz dos que vivem a dura realidade da seca no Amazonas.


Silvanice Silva mora em uma comunidade às margens do Rio Purus.

Ela tem um filho com necessidades especiais.


Como esposa, mãe e mulher, nos últimos meses, ela enfrenta diariamente as consequências da estiagem e da falta de água nos rios.

Com o coração angustiado, Silvanice relata que ano após ano “a seca nos faz sofrer muito”.


O relato de Silvanice.

 

“A seca nos faz sofrer muito. Os barcos que navegaram, pararam de navegar. Os barcos que ainda tentaram navegar furaram os cascos, perderam mercadorias.

 

Está muito complicada a situação este ano aqui no nosso município. O rio vazou muito e tem muito pau e pedra nos rios.

 

A dificuldade maior é na alimentação, no transporte de mercadorias, porque quem traz a alimentação e as mercadorias da cidade são os barcos, e os barcos não estão mais conseguindo navegar. Ficamos sem transporte para trazer os alimentos da cidade com a parada dos barcos.

 

Está mesmo muito complicada a situação. Estamos sofrendo muito com o calor, a fumaça e a seca.

 

Perdemos também as plantações que fizemos, porque não tínhamos como levar o plantio para vender na cidade. Muito complicado.


O rio está tão seco, que também não estamos conseguindo puxar a água para abastecer nossas casas, enchendo a caixa d'água.

 

Vamos orar para que Deus mande uma chuva abençoada para o rio encher e ficar melhor o transporte.  A distância que estamos da cidade é muito longa.

 

Há mais de um mês os barcos pararam de conseguir navegar.

Ficamos com poucos alimentos e estamos economizando o que temos, esperando até poder os barcos conseguirem chegar aqui novamente.

 

Este ano o rio secou mais que o ano passado. Porque no ano passado os barcos pararam de navegar em outubro. E este ano o barco parou de navegar o rio no mês de setembro, e só devem voltar a navegar em dezembro. 

 

Eu, como moradora daqui, as vezes tenho uma crise de ansiedade, porque fico imaginando como será...

 

Tenho um filho especial e fico preocupada de faltar o alimento dele, o remédio dele, por causa da distância que estamos e a falta do transporte.

 

Muito obrigada pelas cestas básicas e orações e pelo trabalho desenvolvido em nosso município.


Fico, posso dizer, quase que desesperada em uma situação dessas.

Que Deus olhe por nós e mande chuva, uma chuva abençoada para encher o rio.


 

"Ele teve um prejuízo monstro, e eu me sinto mal, vendo meu parceiro, que esta me ajudando, sofrendo."


O relato de Regimar Almeida. 

 

"Estou com 17 anos aqui na comunidade.

Nunca vi uma seca assim. Nunca vi o nível da água tão baixo.

 

A seca tem prejudicado muito porque não podemos levar o nosso produto para a cidade, porque não tem quem os leve.

Os barcos estão parados, ancorados na beira, sem ter como passar.

 

Nossa produção não pode escoar, e os alimentos que precisamos da cidade não conseguem chegar na comunidade.

 

O povo da cidade de nossa região está passando necessidade, porque depende de nossos produtos aqui, como melancia, banana, batata, gerimun, farinha.

E o povo da comunidade fica sofrendo com a falta de alimentos que vêm da cidade, como o açúcar, sal, macarrão, arroz, café, sabão e produtos de limpeza.

 

Me sinto muito mal, vejo muitas pessoas se lamentando, porque falta o alimento para eles.

Quando falta para alguém, falta para todo mundo.


E os barcos estão furando. O barco do meu colega, que traz alimento para a gente na comunidade, furou três vezes. Ele teve um prejuízo mostro, e eu me sinto mal, vendo meu parceiro, que está me ajudando, sofrendo.

 

A seca prejudica quem vive no interior, e na cidade, porque um depende do outro. 

 

Os freteiros, que transportam os produtos, também são prejudicados, porque o transporte é de onde deles tiram o pão deles de cada dia”.


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"Sou canoeiro. Por onde passava com a canoa, não passo mais."


O relato de Raimundo Menezes, um agricultor, pescador e canoeiro

 

As plantas que plantávamos, na época certa, davam, mas agora, devido à seca, muitas morrem. 


Sou canoeiro. Por onde passava com a canoa, não passo mais.

Os barcos estão parados e a gente se sente muito afetado pela seca.

Estamos passando um momento muito difícil.

 

Em minha comunidade, com a ajuda de Deus, e o pessoal de Asas de Socorro que trabalha com a gente, já tem o tratamento da água, mas nas comunidades vizinhas, onde não tem o tratamento de água instalado por Asas, as pessoas estão sofrendo muito com a seca do rio, porque a água fica muito suja e eles também não têm o remédio para colocar para limpar a água.

 

Também quem não recebeu o rancho (cestas básicas) dado por Asas de Socorro está sofrendo ainda mais com a seca, que afetou muito todo o Purus.

 

Que possamos conseguir mais alimentos e ajuda para as outras comunidades.

A seca está no Purus todo.

 

Todos nós precisamos de ajuda, não só eu e minha comunidade.

Queria que a ajuda viesse para todos."

 

Asas de Socorro trabalha nas comunidades de Silvanice, Regimar e Ramimundo desenvolvendo o projeto Água Limpa para os Curumins, possibilitando o acesso à agua potável às comunidades de difícil acesso do Rio Purus.

 

No momento, Asas suprirá 437 famílias da região do Purus, com 874 cestas básicas, amenizando a falta de alimentos em 34 comunidades ribeirinhas que sofrem com a seca dos rios, beneficiando cerca de 1800 pessoas.

 


Marco Manzano é coordenador dos projetos desenvolvidos nas comunidades do Rio Purus. Para ele, o envio de alimentos é a demonstração de um profundo desejo de ajudar aos que sofrem com a estiagem nestes locais de difícil acesso de nosso país. Comunidades que ficam ainda mais isoladas com a seca.


"O rio está seco. O envio de alimentos que realizamos é uma forma de ajudar as comunidades, de dizer a eles que eles são importantes, amados por Deus, e que estamos orando para que a seca cesse e eles possam ter novamente o alimento e a água para navegação dos rios.

A cesta é apenas uma amostra de nosso carinho pelas pessoas que vivem às margens do Rio Purus, uma forma de dizer- ‘estamos preocupados com vocês, nós amamos vocês.”

 

Quando um sofre, todos sofrem.

Que possamos nos sensibilizar com o que sensibiliza o coração de Deus.

 

Ore pelos que sofrem com a seca.

Participe. Contribua.


Oferte qualquer valor terminado em R$ 0,7 (sete centavos) pelo PIX doe@asasdesocorro.org.br ou 01.052.752/0001-69.



 Para mais informações, entre em contato com nossa equipe através do (62)996138283.


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